
Bolsonaro anunciou que custo será referenciado no IPCA, o que pode reduzir juro em até 31,5%
Caixa deverá lançar mudança no financiamento habitacional oficialmente na semana que vem
A mudança na regra do crédito imobiliário da Caixa anunciada na noite de quinta-feira (15) pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pode levar a um aumento na procura por financiamento e incentivar a competição entre entidades de crédito, segundo especialistas ouvidos por GaúchaZH.
Na semana que vem, a Caixa deve lançar um novo cálculo na concessão de crédito imobiliário, que passaria a ter seu custo indexado ao IPCA, índice que mede a inflação. A medida pode levar a uma redução de até 31,5% no juro dos financiamentos, se considerada a inflação projetada pelo IBGE para este ano de 3,82%, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
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Os
especialistas consideram a mudança benéfica para o tomador de crédito, mas
alertam que o custo pode ser afetado por um eventual aumento na inflação a
longo prazo:
Acho
improvável, pois a expectativa é a economia ficar controlada, e a inflação,
baixa, mas é importante alertar para esse risco. É um cenário difícil de
ocorrer, mas não impossível — afirma Severo. Essa hipótese aumenta a importância
de o tomador de crédito referenciado no IPCA proteger suas economias do efeito
da inflação, segundo Pires:
Se a
inflação subir, com certeza vai impactar as pessoas se elas não tiverem um
título público (indexado à inflação) que a proteja na outra ponta. Na medida em
que sobe o custo do dinheiro, elas terão de buscar um consultor de
investimento, investir mais o dinheiro, deixar de gastar agora e programar mais
os gastos futuros.
Independentemente
da taxa praticada, a compra de um imóvel deve ser cuidadosamente planejada para
evitar dissabores, ressalta Severo:
Já atendi pessoas que foram morar sozinhas ou se juntaram com alguém em um apartamento de um quarto e, depois de cinco anos, tiveram filhos e precisaram se mudar. Só que ainda estavam pagando o imóvel. O ideal é projetar os próximos cinco ou 10 anos de sua vida para avaliar se faz mais sentido comprar ou alugar.
Já atendi pessoas que foram morar sozinhas ou se juntaram com alguém em um apartamento de um quarto e, depois de cinco anos, tiveram filhos e precisaram se mudar. Só que ainda estavam pagando o imóvel. O ideal é projetar os próximos cinco ou 10 anos de sua vida para avaliar se faz mais sentido comprar ou alugar.
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