sexta-feira, 16 de agosto de 2019




Bolsonaro anunciou que custo será referenciado no IPCA, o que pode reduzir juro em até 31,5%

Caixa deverá lançar mudança no financiamento habitacional oficialmente na semana que vem
A mudança na regra do crédito imobiliário da Caixa anunciada na noite de quinta-feira (15) pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, pode levar a um aumento na procura por financiamento e incentivar a competição entre entidades de crédito, segundo especialistas ouvidos por GaúchaZH.

Na semana que vem, a Caixa deve lançar um novo cálculo na concessão de crédito imobiliário, que passaria a ter seu custo indexado ao IPCA, índice que mede a inflação. A medida pode levar a uma redução de até 31,5% no juro dos financiamentos, se considerada a inflação projetada pelo IBGE para este ano de 3,82%, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

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Os especialistas consideram a mudança benéfica para o tomador de crédito, mas alertam que o custo pode ser afetado por um eventual aumento na inflação a longo prazo:

Acho improvável, pois a expectativa é a economia ficar controlada, e a inflação, baixa, mas é importante alertar para esse risco. É um cenário difícil de ocorrer, mas não impossível — afirma Severo. Essa hipótese aumenta a importância de o tomador de crédito referenciado no IPCA proteger suas economias do efeito da inflação, segundo Pires:

Se a inflação subir, com certeza vai impactar as pessoas se elas não tiverem um título público (indexado à inflação) que a proteja na outra ponta. Na medida em que sobe o custo do dinheiro, elas terão de buscar um consultor de investimento, investir mais o dinheiro, deixar de gastar agora e programar mais os gastos futuros. 

Independentemente da taxa praticada, a compra de um imóvel deve ser cuidadosamente planejada para evitar dissabores, ressalta Severo:

Já atendi pessoas que foram morar sozinhas ou se juntaram com alguém em um apartamento de um quarto e, depois de cinco anos, tiveram filhos e precisaram se mudar. Só que ainda estavam pagando o imóvel. O ideal é projetar os próximos cinco ou 10 anos de sua vida para avaliar se faz mais sentido comprar ou alugar.

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