sexta-feira, 31 de março de 2023

As novas tecnologias têm transformado o cotidiano das pessoas, e o setor de seguros não ficou para trás. A inteligência artificial (IA), por exemplo, é uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas seguradoras para otimizar processos internos e melhorar a experiência do cliente, especialmente no seguro automóvel. Dentre as ferramentas disponíveis no mercado, destaca-se o ChatGPT, que tem sido muito explorado pelos Corretores de Seguros.

Várias companhias do setor de seguros já adotaram a IA para melhorar seus processos e serviços. A Bradesco Seguros, por exemplo, anunciou recentemente que passou a utilizar IA no atendimento a todo o país, com o suporte de uma base de dados estruturada para auxiliar na detecção de perda total de automóveis. A Icatu criou o Data Lake em 2020, um repositório centralizado utilizado na modernização da arquitetura de dados para a nuvem, e adotou o Microsoft Azure para endereçar seus desafios.

A MAPFRE, em parceria com a Tractable, usa a IA para ajudar os clientes a terem seus carros reparados de forma mais eficiente, reduzindo o tempo total de conclusão de sinistros. Já a Tokio Marine utiliza o modelo de IA na avaliação e orçamentação de sinistros no seguro de automóveis, o que otimiza a análise dos danos no veículo sem necessidade de vistoria presencial, além de reduzir o tempo necessário para a liberação de reparos. Na Zurich, a vistoria digital no seguro automóvel também conta com a IA para agilizar o atendimento ao cliente.

A evolução da tecnologia permite que novas possibilidades surjam para aprimorar ainda mais a eficiência, a jornada dos corretores e a experiência do cliente. A IA é uma ferramenta importante para as seguradoras que buscam se manter competitivas em um mercado cada vez mais exigente e dinâmico.

Os Corretores de Seguros também têm usufruído da IA, mais precisamente do ChatGPT. Em entrevista ao CQCS, alguns profissionais revelaram como o recurso agrega no cotidiano e pode ajudar na prospecção de clientes. Segundo Leonardo Foltran, da Bom Retiro Seguros, a IA tem sido uma grande aliada no gerenciamento de tempo, um dos grandes desafios da profissão.

 “Muitas vezes, é necessário exercer várias funções em um determinado momento e ainda assim atender os clientes da melhor forma possível. A IA tem auxiliado nesse processo”, destacou.

Apesar de ser uma ferramenta em desenvolvimento, o ChatGPT tem muito a entregar para os corretores. “Nós já obtivemos alguns resultados nas campanhas de consórcios, por exemplo. Consegui atrair três negócios. Acredito que toda ferramenta se usada na maneira corretora, chega para agregar”, completou o corretor.

Ithalo Gouvea, da Racsel Corretora, disse que usa a IA para criação de textos que são usados em speechs comerciais, apresentação das propostas de seguros aos clientes, criação de e-mails mais objetivos e na criação de textos e conteúdos que utiliza nas redes sociais.

Desde que começou a utilizar, Ithalo notou que a interação do público nas redes sociais aumentou consideravelmente. “Ainda não tenho precisão quanto aos números, mas ontem fui surpreendido com um elogio de um cliente em relação a minha abordagem e apresentação, na sequência concluímos com o fechamento da proposta”, acrescentou o Corretor, que disse não querer mais trabalhar sem a companhia do ChatGPT.

Assim como Leonardo e Ithalo, Allan Kozuma, da Forthe Corretora de Seguros, sentiu uma mudança positiva e teve seu tempo otimizado com a ferramenta. Ele usa para criação de fichas técnicas, textos e outras rotinas do dia a dia. “Direciona e simplifica diversos processos”, pontuou.

O profissional acredita que vai ser um grande diferencial no mercado, assim como Analice Silveira, da Terra Fértil Corretora de Seguros, que apesar de não ter mensurado nenhum resultado a curto prazo, tem gostado da performance da IA. “Aconselho todos os profissionais a explorarem essa novidade. Cada dia que utilizo descubro mais funcionalidades e vejo que pode sim agregar muito no dia a dia das nossas atividades. É facilidade para nós dar mais ferramentas assertivas para o dia a dia”, aconselhou. 

“É uma ferramenta incrível que chegou para auxiliar no processo de vendas”, revelou Alberto Eduardo, da New Seg Corretora.

De acordo com informações do próprio ChatGPT, a ferramenta pode ajudar o corretor nas vendas de diversas maneiras, permitindo que ele ofereça um atendimento mais ágil, personalizado e eficiente aos seus segurados. Dentre as dicas, estão: oferecer informações sobre os produtos de seguros e responder a perguntas frequentes, identificar as necessidades e personalizar a experiência dos clientes, realizar cotações de seguros e fornecer respostas rápidas, além de fornecer suporte pós-venda.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

domingo, 9 de agosto de 2020



Pai no nome, na essência e no amor.
Pai na certidão ou da vida. 
Ou dos dois.
Pai no afeto, no cuidado e no aconchego.
Pai de dia ou à noite. 
No brilho do sol ou no medo da escuridão.
Pai que dança na chuva. 
Que sorri – sem motivos.
Pai na educação, no conselho e nos sonhos.
Pai.
Nossa homenagem, o nosso carinho 
e o nosso abraço a todos os pais!
Com carinho, 

Corretor


sábado, 30 de maio de 2020

Em tempo de crise, devo ou não continuar a carreira de corretor de imóveis?

Em tempo de crise, devo ou não continuar a carreira de corretor de imóveis?
No ano de 2015, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da cidade de São Paulo recebeu 509 pedidos de cancelamento de inscrições de corretores de imóveis afetados pela crise. Esse número representa um aumento de 42% nos pedidos de cancelamentos frente à anos anteriores. E a melhora não foi sentida no decorrer do ano, visto que “novas inscrições” que vinham crescendo desde 2010, apresentou uma retração de 5%.
De acordo com especialistas, essas pessoas que desistem da profissão são aquelas que tinham a expectativa de que o caminho seria fácil. Essas mesmas pessoas, que foram levadas pelo bom momento econômico que o país passava, resolveram se tornar corretores, garantindo assim altos ganhos financeiros. No entanto, quando o bom momento passou e a crise chegou, os corretores de imóveis voltaram para suas antigas profissões ou buscaram se colocar no mercado de outra forma. Alguns defendem que estes profissionais abandonam o mercado imobiliário devido a sua falta ou pouca aptidão para a função.
Mesmo com a saída de alguns corretores de imóveis do mercado, muitos ainda se mantêm no ramo e ninguém fala que o cenário é negativo, ele está apenas “diferente”. E é nesse tempo que precisam esperar um pouco mais, se preparar e se renovar, pois quando o mercado voltar a aquecer, com novos incentivos à aquisição de imóveis, será a hora de permaneceram aproveitar!
Muitos defendem também que neste período de retração o corretor de imóveis que deseja permanecer tem muito a lucrar, pois irá desenvolver suas habilidades para conseguir efetuar a venda, já que sem as facilidades do crédito, ele terá de ter mais atenção aos detalhes, uma maior cautela nos negócios e uma dedicação ainda maior a seus clientes. E aliando todos esses pontos ao seu conhecimento do negócio conseguir êxito em suas negociações.
Reflexões-sobre-a-profissão-de-corretor-de-imóveis-e-algumas-lições-do-tempo
Apesar das dificuldades o momento não é para desistir de ser corretor de imóvel e sim buscar se reinventar, conhecer novas abordagens para um cenário de dificuldades aumentadas, e com certeza, de muito mais competitividade. Já que agora, com um número de clientes a ser prospectado reduzido, o corretor ainda obtenha êxito em suas investidas.
Portanto, se você começou a ler esse artigo com dúvida sobre o que o corretor de imóveis deve fazer em tempos de crise no setor imobiliário, se a sua pergunta era devo ou não continuar a carreira de corretor de imóveis, a resposta é: Não desista!
Como afirmamos antes, a crise imobiliária serve para que os corretores de imóveis desenvolvam suas habilidades, criem novas estratégias, pensem em como podem ser melhores e assim, quando novamente as vendas estiverem em um período bom, certamente haverá ainda mais destaque e chances de sucesso para este profissional que durante o momento adverso se dedicou e se preparou.

quinta-feira, 23 de abril de 2020



23 DE ABRIL DE 2020
DAVID COIMBRA

O grande ensinamento da peste

Estava tudo certo na minha vida. Uma ou duas vezes por semana eu tomava uns chopes cremosos, dourados e gelados com os amigos, noutros dias via um futebol ameno na TV, e lia meus livros, e escrevia minhas crônicas, e jogava um xadrezinho online, e curtia a família, tudo certo.

Aí um chinês resolveu comer morcego lá na China. Agora fico pensando: será que esse chinês sabe a confusão que ele causou? Onde é que ele está, esse chinês? O que é feito dele? Dizem que morreu. Duvido. Deve estar tranquilo, na China, comendo morcego. Será que ele sabe a confusão que provocou?

Já cometi muita besteira na vida, você também, decerto que sim, mas pense no tamanho da besteira desse chinês. Imagine os amigos dele, neste momento:

- Cara, olha o que tu fez! E a mulher dele. Imagine a mulher dele! O que ela deve estar dizendo para esse chinês comedor de morcego neste exato instante! - Eu te disse pra tu optar por yakissoba, mas tu nunca me ouve!

Isso é que é realmente espantoso: o almoço de um chinês em Wuhan influenciou os meus chopes cremosos, dourados e gelados em Porto Alegre, a 18.627 quilômetros de distância. É o tal Efeito Borboleta, de que tanto se falava tempos atrás: o bater das asas de uma borboleta pode transformar-se em um tufão do outro lado do mundo.

Foi o que aconteceu quando aquele cara decidiu comer morcego num imundo mercado de um canto do Oriente longínquo. A borboleta bateu suas asas e os ventos da peste devastaram a Terra. Uma única refeição mudou a vida dos povos.

Essa constatação tem um significado profundo: tudo o que é feito ou sofrido por um ser humano, em qualquer parte do planeta, importa. Assim, um mercado que vende animais sem boas condições sanitárias na China é importante para empresários e trabalhadores europeus, americanos e africanos, e também favelas sem tratamento de esgoto nos subúrbios do Brasil, e crianças que passam fome na Etiópia, e refugiados da Guatemala, e desempregados da Venezuela.

A riqueza, o progresso e a fartura de uns dependem da situação de vida de todos. Se os quase 8 bilhões de seres humanos que respiram debaixo do sol não podem compartilhar a mesma riqueza, o mesmo progresso e a mesma fartura, que pelo menos compartilhem dignidade.

Esse é o grande ensinamento da peste.

Sei bem que nunca teremos, todos, mansões, carrões e milhões, mas poderíamos, todos, ter vidas decentes, com saúde, educação, moradia e segurança universais. E, é claro, uns chopes cremosos, dourados e gelados de vez em quando.

DAVID COIMBRA

23 DE ABRIL DE 2020
OPINIÃO DA RBS

DISCIPLINA PARA O PLANO DAR CERTO


O plano do governo do Estado para o combate à pandemia e para a saída gradual do isolamento é sólido, coerente e realista. Pode servir de modelo para outros Estados e, com adaptações, para todo o país. Tem entre seus méritos o fato de estar amparado em informações e em estudos de pesquisadores de alta credibilidade e reputação.

Para dar certo, porém, dois fatores são fundamentais. O primeiro é uma comunicação simplificada, eficiente e que estimule a adesão de prefeitos e da população em geral. O segundo, a disciplina - das autoridades públicas, das empresas, das entidades civis e, sobretudo, de cada gaúcho.

As propostas que devem integrar o novo decreto a ser publicado nos próximos dias têm uma lógica racional, mas não são de simples execução - preveem avanços e recuos na liberação de atividades, de acordo com uma série de indicadores. Se as determinações não forem obedecidas, o plano perde o sentido. Para que isso não ocorra, é preciso que todos compreendam a mensagem com clareza.

O insucesso da iniciativa do governo Leite, expresso em uma eventual e indesejada falta de adesão, levaria ao pior dos cenários: uma normatização caótica, instintiva ou impulsiva para um problema de enorme envergadura e cujas consequências nefastas se modificam a toda hora, de acordo com a curva de contaminação e letalidade. Uma vantagem adicional na implementação do plano é a de que o governo gaúcho sabe ouvir e fazer ponderações técnicas, mostrando flexibilidade e firmeza, ao mesmo tempo.

Por tudo isso, desfruta de confiança para capitaneá-lo. Porém, não há mais tempo para errar. Os caminhos tortos adotados em outros países, até pela falta de um conhecimento que, mesmo que incipiente, hoje está disponível, já apresentou a gigantesca conta do fracasso - em termos humanos e econômicos. Ainda temos a chance de impedir que o mesmo ocorra por aqui. Para tanto, o poder de mobilização demonstrado nesses primeiros dias da pandemia deve nos manter unidos e remando em uma mesma direção: a de um futuro que terá, amanhã, seus contornos definidos pelas decisões que cada um tomar hoje.



23 DE ABRIL DE 2020
CORONAVÍRUS

Quem é Pazuello

Natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o general do Exército Eduardo Pazuello foi declarado aspirante a oficial do Serviço de Intendência em 1984. Ele foi promovido ao posto atual em 31 de março de 2018.

Como oficial-general, desempenhou as seguintes funções: assessor de planejamento, programação e controle orçamentário do Comando Logístico, comandante da Base de Apoio Logístico do Exército e coordenador logístico das tropas do Exército Brasileiro empregadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.

Pazuello também foi comandante da Base Logística Multinacional Integrada, durante o exercício AmazonLog/2017, realizado na cidade de Tabatinga (AM), na região da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). Ultimamente, exercia o cargo de coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária - Operação Acolhida, concomitantemente com o novo comando assumido.

Os ônibus intermunicipais que chegam ou saem de Porto Alegre têm circulado semiocupados. É a crise do coronavírus afetando o transporte coletivo. O problema maior é que muitos dos usuários não usam qualquer Equipamento de Proteção Individual (EPI), recomendado pelos sanitaristas para toda atividade em espaços confinados - como é o caso de viagens no transporte coletivo. Zero Hora percorreu as plataformas de desembarque da Estação Rodoviária de Porto Alegre, irreconhecível de tão vazia. Constatou a indiferença com que muitos passageiros encaram os apelos por cautela por parte das autoridades sanitárias.

Num ônibus da Viação Bento, que chegou de Bento Gonçalves às 10h45min, menos da metade dos 23 viajantes desembarcou usando máscaras. Nenhum usava luvas. A lotação usual do veículo é de 46 passageiros, mas a ocupação não se completa desde meados de março, quando começaram os casos de coronavírus no Estado, resume o motorista, de máscara e luvas.

A reportagem tentou falar com uma PM que estava sem máscara e luvas, ela apenas fez sinal de não com os dedos e não respondeu à pergunta sobre falta de EPIs. Um agricultor admitiu o erro e prometeu, ao descer do ônibus:

- Vou comprar (máscara), não encontrei antes de viajar.

Uma mulher deu um sorriso acanhado e argumentou, questionada se não acha arriscado viajar num espaço fechado sem máscara, em companhia de desconhecidos que podem ter o vírus:

- Não faço questão, me desculpa.

Descaso

De um ônibus da Citral, saído de Taquara, desceram oito passageiros. Quatro não usavam qualquer tipo de proteção contra o vírus. Uma moça com várias bagagens e um violão nas costas, questionada sobre a falta de máscara, admitiu:

- Acho arriscado, sim. Mas não estou a fim de conversar sobre isso.

Zero Hora falou com três motoristas, que preferem não ter seus nomes publicados. Todos usavam máscara e luvas. Um deles disse que teve de comprar, porque a empresa não tinha para fornecer. Eles se mostram espantados com a falta de cuidado dos passageiros.

- A gente abre a janelinha dos lados, a janela de teto solar, tudo para ventilar. Os passageiros, porém, viajam sem qualquer preocupação. Inclusive muita gente da área da saúde, que tem vindo a Porto Alegre por obrigação. Acho o cúmulo da falta de responsabilidade - pondera um dos motoristas.

Outro condutor ressalta que "o único consolo - se é que pode se usar essa palavra - é que o fato da ocupação nos coletivos ser diminuta dificulta o contágio". Em contrapartida, lembra ele, causa um baque econômico nas empresas e a perspectiva de desemprego assusta.

HUMBERTO TREZZI