27 DE AGOSTO - DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS - PARABENS

Construir projetos de sucesso para as pessoas. Trabalhar diariamente para que os indivíduos, sejam colaboradores, parceiros, investidores ou clientes finais e a sociedade como um todo fiquem encantados, além de colaborar para que prosperem e consigam satisfazer suas aspirações e suas expectativas nos seus projetos imobiliários.
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
domingo, 9 de agosto de 2020
Pai no nome, na essência e no amor.
Pai na certidão ou da vida.
Ou dos dois.
Pai no afeto, no cuidado e no aconchego.
Pai de dia ou à noite.
No brilho do sol ou no medo da escuridão.
Pai que dança na chuva.
Que sorri – sem motivos.
Pai na educação, no conselho e nos sonhos.
Pai.
Nossa homenagem, o nosso carinho
e o nosso abraço a todos os pais!
Com carinho,
Corretor
Corretor
sábado, 30 de maio de 2020
Em tempo de crise, devo ou não continuar a carreira de corretor de imóveis?
- Publicado em Carreira
- SóCorretor

No ano de 2015, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da cidade de São Paulo recebeu 509 pedidos de cancelamento de inscrições de corretores de imóveis afetados pela crise. Esse número representa um aumento de 42% nos pedidos de cancelamentos frente à anos anteriores. E a melhora não foi sentida no decorrer do ano, visto que “novas inscrições” que vinham crescendo desde 2010, apresentou uma retração de 5%.
De acordo com especialistas, essas pessoas que desistem da profissão são aquelas que tinham a expectativa de que o caminho seria fácil. Essas mesmas pessoas, que foram levadas pelo bom momento econômico que o país passava, resolveram se tornar corretores, garantindo assim altos ganhos financeiros. No entanto, quando o bom momento passou e a crise chegou, os corretores de imóveis voltaram para suas antigas profissões ou buscaram se colocar no mercado de outra forma. Alguns defendem que estes profissionais abandonam o mercado imobiliário devido a sua falta ou pouca aptidão para a função.
Mesmo com a saída de alguns corretores de imóveis do mercado, muitos ainda se mantêm no ramo e ninguém fala que o cenário é negativo, ele está apenas “diferente”. E é nesse tempo que precisam esperar um pouco mais, se preparar e se renovar, pois quando o mercado voltar a aquecer, com novos incentivos à aquisição de imóveis, será a hora de permaneceram aproveitar!
Muitos defendem também que neste período de retração o corretor de imóveis que deseja permanecer tem muito a lucrar, pois irá desenvolver suas habilidades para conseguir efetuar a venda, já que sem as facilidades do crédito, ele terá de ter mais atenção aos detalhes, uma maior cautela nos negócios e uma dedicação ainda maior a seus clientes. E aliando todos esses pontos ao seu conhecimento do negócio conseguir êxito em suas negociações.
Apesar das dificuldades o momento não é para desistir de ser corretor de imóvel e sim buscar se reinventar, conhecer novas abordagens para um cenário de dificuldades aumentadas, e com certeza, de muito mais competitividade. Já que agora, com um número de clientes a ser prospectado reduzido, o corretor ainda obtenha êxito em suas investidas.
Portanto, se você começou a ler esse artigo com dúvida sobre o que o corretor de imóveis deve fazer em tempos de crise no setor imobiliário, se a sua pergunta era devo ou não continuar a carreira de corretor de imóveis, a resposta é: Não desista!
Como afirmamos antes, a crise imobiliária serve para que os corretores de imóveis desenvolvam suas habilidades, criem novas estratégias, pensem em como podem ser melhores e assim, quando novamente as vendas estiverem em um período bom, certamente haverá ainda mais destaque e chances de sucesso para este profissional que durante o momento adverso se dedicou e se preparou.
quinta-feira, 23 de abril de 2020

23 DE ABRIL DE 2020
DAVID COIMBRA
O grande ensinamento da peste
Estava tudo certo na minha vida. Uma ou duas vezes por semana eu tomava uns chopes cremosos, dourados e gelados com os amigos, noutros dias via um futebol ameno na TV, e lia meus livros, e escrevia minhas crônicas, e jogava um xadrezinho online, e curtia a família, tudo certo.
Aí um chinês resolveu comer morcego lá na China. Agora fico pensando: será que esse chinês sabe a confusão que ele causou? Onde é que ele está, esse chinês? O que é feito dele? Dizem que morreu. Duvido. Deve estar tranquilo, na China, comendo morcego. Será que ele sabe a confusão que provocou?
Já cometi muita besteira na vida, você também, decerto que sim, mas pense no tamanho da besteira desse chinês. Imagine os amigos dele, neste momento:
- Cara, olha o que tu fez! E a mulher dele. Imagine a mulher dele! O que ela deve estar dizendo para esse chinês comedor de morcego neste exato instante! - Eu te disse pra tu optar por yakissoba, mas tu nunca me ouve!
Isso é que é realmente espantoso: o almoço de um chinês em Wuhan influenciou os meus chopes cremosos, dourados e gelados em Porto Alegre, a 18.627 quilômetros de distância. É o tal Efeito Borboleta, de que tanto se falava tempos atrás: o bater das asas de uma borboleta pode transformar-se em um tufão do outro lado do mundo.
Foi o que aconteceu quando aquele cara decidiu comer morcego num imundo mercado de um canto do Oriente longínquo. A borboleta bateu suas asas e os ventos da peste devastaram a Terra. Uma única refeição mudou a vida dos povos.
Essa constatação tem um significado profundo: tudo o que é feito ou sofrido por um ser humano, em qualquer parte do planeta, importa. Assim, um mercado que vende animais sem boas condições sanitárias na China é importante para empresários e trabalhadores europeus, americanos e africanos, e também favelas sem tratamento de esgoto nos subúrbios do Brasil, e crianças que passam fome na Etiópia, e refugiados da Guatemala, e desempregados da Venezuela.
A riqueza, o progresso e a fartura de uns dependem da situação de vida de todos. Se os quase 8 bilhões de seres humanos que respiram debaixo do sol não podem compartilhar a mesma riqueza, o mesmo progresso e a mesma fartura, que pelo menos compartilhem dignidade.
Esse é o grande ensinamento da peste.
Sei bem que nunca teremos, todos, mansões, carrões e milhões, mas poderíamos, todos, ter vidas decentes, com saúde, educação, moradia e segurança universais. E, é claro, uns chopes cremosos, dourados e gelados de vez em quando.
DAVID COIMBRA

23 DE ABRIL DE 2020
OPINIÃO DA RBS
DISCIPLINA PARA O PLANO DAR CERTO
O plano do governo do Estado para o combate à pandemia e para a saída gradual do isolamento é sólido, coerente e realista. Pode servir de modelo para outros Estados e, com adaptações, para todo o país. Tem entre seus méritos o fato de estar amparado em informações e em estudos de pesquisadores de alta credibilidade e reputação.
Para dar certo, porém, dois fatores são fundamentais. O primeiro é uma comunicação simplificada, eficiente e que estimule a adesão de prefeitos e da população em geral. O segundo, a disciplina - das autoridades públicas, das empresas, das entidades civis e, sobretudo, de cada gaúcho.
As propostas que devem integrar o novo decreto a ser publicado nos próximos dias têm uma lógica racional, mas não são de simples execução - preveem avanços e recuos na liberação de atividades, de acordo com uma série de indicadores. Se as determinações não forem obedecidas, o plano perde o sentido. Para que isso não ocorra, é preciso que todos compreendam a mensagem com clareza.
O insucesso da iniciativa do governo Leite, expresso em uma eventual e indesejada falta de adesão, levaria ao pior dos cenários: uma normatização caótica, instintiva ou impulsiva para um problema de enorme envergadura e cujas consequências nefastas se modificam a toda hora, de acordo com a curva de contaminação e letalidade. Uma vantagem adicional na implementação do plano é a de que o governo gaúcho sabe ouvir e fazer ponderações técnicas, mostrando flexibilidade e firmeza, ao mesmo tempo.
Por tudo isso, desfruta de confiança para capitaneá-lo. Porém, não há mais tempo para errar. Os caminhos tortos adotados em outros países, até pela falta de um conhecimento que, mesmo que incipiente, hoje está disponível, já apresentou a gigantesca conta do fracasso - em termos humanos e econômicos. Ainda temos a chance de impedir que o mesmo ocorra por aqui. Para tanto, o poder de mobilização demonstrado nesses primeiros dias da pandemia deve nos manter unidos e remando em uma mesma direção: a de um futuro que terá, amanhã, seus contornos definidos pelas decisões que cada um tomar hoje.

23 DE ABRIL DE 2020
CORONAVÍRUS
Quem é Pazuello
Natural da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o general do Exército Eduardo Pazuello foi declarado aspirante a oficial do Serviço de Intendência em 1984. Ele foi promovido ao posto atual em 31 de março de 2018.
Como oficial-general, desempenhou as seguintes funções: assessor de planejamento, programação e controle orçamentário do Comando Logístico, comandante da Base de Apoio Logístico do Exército e coordenador logístico das tropas do Exército Brasileiro empregadas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, em 2016.
Pazuello também foi comandante da Base Logística Multinacional Integrada, durante o exercício AmazonLog/2017, realizado na cidade de Tabatinga (AM), na região da tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). Ultimamente, exercia o cargo de coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária - Operação Acolhida, concomitantemente com o novo comando assumido.
Os ônibus intermunicipais que chegam ou saem de Porto Alegre têm circulado semiocupados. É a crise do coronavírus afetando o transporte coletivo. O problema maior é que muitos dos usuários não usam qualquer Equipamento de Proteção Individual (EPI), recomendado pelos sanitaristas para toda atividade em espaços confinados - como é o caso de viagens no transporte coletivo. Zero Hora percorreu as plataformas de desembarque da Estação Rodoviária de Porto Alegre, irreconhecível de tão vazia. Constatou a indiferença com que muitos passageiros encaram os apelos por cautela por parte das autoridades sanitárias.
Num ônibus da Viação Bento, que chegou de Bento Gonçalves às 10h45min, menos da metade dos 23 viajantes desembarcou usando máscaras. Nenhum usava luvas. A lotação usual do veículo é de 46 passageiros, mas a ocupação não se completa desde meados de março, quando começaram os casos de coronavírus no Estado, resume o motorista, de máscara e luvas.
A reportagem tentou falar com uma PM que estava sem máscara e luvas, ela apenas fez sinal de não com os dedos e não respondeu à pergunta sobre falta de EPIs. Um agricultor admitiu o erro e prometeu, ao descer do ônibus:
- Vou comprar (máscara), não encontrei antes de viajar.
Uma mulher deu um sorriso acanhado e argumentou, questionada se não acha arriscado viajar num espaço fechado sem máscara, em companhia de desconhecidos que podem ter o vírus:
- Não faço questão, me desculpa.
Descaso
De um ônibus da Citral, saído de Taquara, desceram oito passageiros. Quatro não usavam qualquer tipo de proteção contra o vírus. Uma moça com várias bagagens e um violão nas costas, questionada sobre a falta de máscara, admitiu:
- Acho arriscado, sim. Mas não estou a fim de conversar sobre isso.
Zero Hora falou com três motoristas, que preferem não ter seus nomes publicados. Todos usavam máscara e luvas. Um deles disse que teve de comprar, porque a empresa não tinha para fornecer. Eles se mostram espantados com a falta de cuidado dos passageiros.
- A gente abre a janelinha dos lados, a janela de teto solar, tudo para ventilar. Os passageiros, porém, viajam sem qualquer preocupação. Inclusive muita gente da área da saúde, que tem vindo a Porto Alegre por obrigação. Acho o cúmulo da falta de responsabilidade - pondera um dos motoristas.
Outro condutor ressalta que "o único consolo - se é que pode se usar essa palavra - é que o fato da ocupação nos coletivos ser diminuta dificulta o contágio". Em contrapartida, lembra ele, causa um baque econômico nas empresas e a perspectiva de desemprego assusta.

23 DE ABRIL DE 2020
CORONAVÍRUS
Servidor pode ter salário congelado
Em troca de socorro a Estados e municípios, senadores avaliam também suspensão de concursos públicos durante dois anos
Líderes do Senado são favoráveis ao congelamento, por dois anos, de salário dos servidores públicos em troca da aprovação de ajuda financeira da União a Estados e municípios. Executivo e integrantes do Parlamento articulam novo projeto de lei para socorrer os entes durante a crise do coronavírus. Concursos públicos ficariam suspensos pelo mesmo período.
As negociações encabeçadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), buscam um meio-termo na disputa com a Câmara. A ideia do governo é engavetar o texto aprovado pelos deputados, que não tem contrapartidas de Estados e municípios. O projeto foi articulado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com governadores.
Pela proposta aprovada, o governo estima impacto de mais de R$ 200 bilhões para cobrir o rombo com a queda de ICMS (imposto estadual) e ISS (imposto municipal). Maia fala em R$ 89,6 bilhões. Para barrar o plano da Câmara, Guedes apresentou aos senadores contraproposta de R$ 127,3 bilhões - inclui R$ 49,9 bilhões com medidas já adotadas e R$ 77,4 bilhões em novas ações.
A disputa entre Câmara e equipe econômica se deu em torno do repasse direto da União para Estados e municípios, o que tem impacto no orçamento. O Ministério da Economia vem tentando limitar essa medida para que o rombo das contas públicas não cresça ainda mais em 2020.
Na última segunda-feira, o ministro disse que poderia ampliar o plano. Para isso, o Senado teria de aprovar o congelamento de salários do funcionalismo. Apesar da promessa, técnicos da Economia veem pouco espaço para que esse auxílio seja expandido. Desde domingo, Guedes tem feito ligações a líderes do Senado. Na segunda-feira, ele se reuniu com Alcolumbre e, em pelo menos duas ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro esteve presente.
Conforme o líder do PSD, Otto Alencar (BA), partido com a segunda maior bancada no Senado, só atrás do MDB, a conversa com Guedes tem sido na linha de beneficiar todos os Estados. Para ele, o plano da Câmara ajuda governos com dívidas elevadas com a União, como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
- Na Bahia, por exemplo, a dívida é pequena. Não dá para comparar com São Paulo e Rio de Janeiro - afirma o senador.
Após conversar com Guedes, Alencar se propôs a redigir a parte do texto no novo projeto que impede o reajuste salarial para servidores públicos pelos próximos dois anos, desde que o governo federal cumpra com a proposta feita de aumentar a ajuda aos Estados.
- Podemos colocar um parágrafo único, dizendo que, enquanto houver recuo do PIB (Produto Interno Bruto), não terá aumento de salário. Se tem redução do PIB, qualquer governador não poderá dar aumento salarial porque não terá recurso - disse.
Pressa
Com contrapartidas, senadores já conversam com governadores para conseguir apoio.
- O Senado está trabalhando para construir um texto que atenda melhor os Estados. Obviamente, esse projeto está sendo construído em conjunto (com o governo). Sendo aprovado no Senado, os governadores vão pedir para a Câmara votar - disse a presidente da Comissão de Constituição e Justiça no Senado, Simone Tebet (MDB-MS).
Para o líder do MDB na Casa, Eduardo Braga (AM), o projeto que saiu da Câmara já não existe mais no Senado. Ele defendeu a busca por convergência.
- O Davi já matou o projeto da Câmara quando ele apensou ao do (Antonio) Anastasia (PSD-MG). Vai vir um novo projeto, e o congelamento de salários vai acontecer. Não tem como o governo repassar recurso para os Estados em uma pandemia e os governadores fazerem reajuste salarial - afirmou.
A pressa agora é para conseguir consenso no texto para que seja votado até o dia 30. Desse forma, ajudariam os Estados a não virar o próximo mês com contas no vermelho.

23 DE ABRIL DE 2020
CORONAVÍRUS
Proposta projeta 1 milhão de empregos em obras públicas
Governo federal prepara plano de retomada com investimento estatal, com apoio da ala militar e resistência de Guedes
O presidente Jair Bolsonaro delegou ao ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, a condução de proposta de retomada da economia sustentada na retomada de obras públicas com recursos do Tesouro, como forma de evitar a escalada do desemprego. Parte do programa Pró-Brasil (veja no quadro), a proposta é vista como uma espécie de Plano Marshall, em referência ao programa dos EUA de recuperação de países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
Apenas no Ministério da Infraestrutura, a projeção é de que o pacote consuma R$ 30 bilhões em investimentos para cerca de 70 obras que estão paralisadas ou sendo tocadas abaixo da sua capacidade. Detalhes do plano foram apresentados ontem em reunião de Bolsonaro com sua equipe ministerial. A proposta ainda está em elaboração no Planalto e deve ter a largada em outubro, mas o diagnóstico de que obras públicas serão necessárias tem forte apoio do núcleo militar do governo.
Segundo relatos de presentes, no encontro foi feita análise de que a crise causada pela pandemia irá se estender até o ano que vem e que será necessário repensar a atual política de ajuste fiscal. No Ministério da Infraestrutura, a ideia é que as obras possam absorver entre 500 mil e 1 milhão de empregados nos próximos três anos.
O ministro Tarcísio de Freitas disse que a lista de obras inclui empreendimentos que poderiam ser rapidamente executados porque já têm projetos de viabilidade e licenciamento ambiental prontos.
Para Tarcísio, o programa de concessões e privatizações, que também passará a ter uma atenção especial para destravar investimentos, não dará o retorno desejado no curto prazo. Isso porque o tempo entre a assinatura dos contratos, a realização do investimento e a contratação de mão de obra costuma ser de, em média, um ano.
Além do Ministério da Infraestrutura, a Casa Civil criou outras "frentes de trabalho", como chama cada ministério envolvido nesse projeto de retomada. As principais medidas em preparação estão nas pastas do Desenvolvimento Regional e de Minas e Energia.
No Desenvolvimento Regional, foi feito um diagnóstico de empreendimentos em habitação e saneamento que podem ser rapidamente ativados, além de obras em barragens. Uma das saídas seria financiar projetos do Minha Casa, Minha Vida totalmente com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Até o final de 2019, a União entrava com 10% dos recursos. Agora, poderá arcar com todo o projeto e dar vazão às obras. Havia cerca de R$ 70 bilhões empoçados no fundo diante da falta de contrapartidas da União que, a partir de agora, poderão ser investidos em habitação, e isso se reverterá em empregos na construção civil.
Divergência
O problema é que a equipe econômica diverge do aumento de gastos públicos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende estimular a atividade econômica pela concessão de empréstimos e procurando saídas de mercado para resolver o impasse em torno de garantias para que empresas de todos os portes possam acessar instituições bancárias públicas e privadas em busca de linhas de crédito. Recentemente, o Banco Central chegou a reduzir o compulsório dos bancos (parcela de cada depósito bancário que fica retida na instituição) como forma de dar ainda mais liquidez para novos empréstimos.
No entanto, auxiliares do governo entendem que a proposta de Guedes não será capaz de gerar empregos a curto prazo, algo considerado fundamental para aliviar os impactos da crise econômica gerada pelo coronavírus. A avaliação é de que já se destinou mais de R$ 800 bilhões (metade com impacto fiscal) em ações emergenciais que não farão a economia sair do atoleiro.
A previsão é de que, sem injeção de ânimo na produção, o Brasil chegará a 2021 com dívida próxima a 100% do PIB.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Caixa lança novo financiamento de imóveis prefixado. Vale a pena?
Linha com taxa fixa trava o valor da parcela ao longo do financiamento. Apesar de ter juros mais altos, ela pode ser mais vantajosa do que a tradicional
Por Marília Almeida
access_time21 fev 2020, 14h45 - Publicado em 21 fev 2020, 09h18

Caixa Econômica Federal (José Cruz/Agência Brasil)
São Paulo – A Caixa disponibiliza a partir desta sexta-feira (21), uma nova linha de financiamento imobiliário, com taxas fixas. A modalidade cobrará juros a partir de 8% ao ano, e não terá nenhum indexador. As condições são válidas para imóveis residenciais novos e usados, com quota de financiamento de até 80%.
A linha é mais uma opção oferecida aos clientes, que continuam tendo acesso à linha de financiamento tradicional (indexada à Taxa Referencial – TR) e à linha indexada ao IPCA, lançada pela Caixa em agosto.
Para ajudar o mutuário a escolher a linha mais adequada, Marcelo Prata, diretor da Resale e especialista em crédito imobiliário realizou uma simulação comparando as condições de cada linha.
A simulação levou em conta um financiamento feito por um homem de 40 anos para um imóvel de 500 mil reais. O valor do financiado foi de 400 mil reais, ou seja, 80% do valor do bem, por um prazo de 30 anos.
Os cálculos levaram também em consideração taxas de juros cobradas pelo banco para clientes sem relacionamento prévio com a instituição financeira. Para quem já é cliente Caixa, os juros podem ser menores.
Veja o resultado abaixo:
Financiamento indexado ao IPCA | Financiamento indexado à TR (tradicional) | Nova linha com juros fixos | |
Taxa de Juros Efetiva (ao ano) | 4,95% | 8,50% | 9,75% |
CET (ao ano) | 5,98% | 9,48% | 10,72% |
Valor da 1ª Parcela | R$ 2.882,41 | R$ 3.997,31 | R$ 4.381,91 |
Valor Total do Financiamento | R$ 761.077,40 | R$ 962.316,90 | R$ 1.031.737,27 |
Indexador | IPCA | TR | não tem |
Ao comparar as linhas, contudo, é necessário fazer algumas ponderações.
Não é possível comparar a nova linha e indexada à TR com a linha atrelada ao IPCA levando em consideração que não temos como estimar a inflação pelos próximos 30 anos. Então, a linha foi comparada ao financiamento indexado à TR.
A partir dos resultados é possível observar que a linha com juros fixos é mais cara. Na comparação com o financiamento tradicional, o mutuário paga mais 69,4 mil reais na linha de juros fixos do que na linha tradicional. Ou seja, 7,21% a mais. Além disso, pagará uma parcela maior, equivalente a 384 reais a mais por mês, valor 9,62% maior do que o da linha indexada à TR.
Contudo, Prata conclui que o financiamento com juros fixos pode ser uma boa opção, já que o cliente tem a segurança de que a parcela não vai oscilar pelos próximos 30 anos. Além disso, a diferença do valor total do financiamento em relação ao tradicional, indexado à TR, é relativamente baixo, somente 7,21%.
“Ou seja, o financiamento indexado pela TR, que hoje está zerada, somente será a melhor opção se esse indexador não ultrapassar a marca de 7,21% pelos próximos 30 anos. Como não é possível prever o futuro, olhamos para o passado. Para comparar, a TR dos últimos 10 anos foi de 8,35%”.
A simulação considerou que a TR fique zerada nos próximos 30 anos. Mas o passado aponta que ela pode oscilar 8,35%. Portanto, caso essa oscilação aconteça novamente em um período de 10 anos, a diferença entre ambas não será relevante, e o financiamento pela TR pode até ser mais caro.

Por Mariana Desidério
access_time24 fev 2020, 08h00more_horiz
Startup faz venda de imóvel em 2 dias com processo 100% digital
Startup Facilita tem 170 construtoras e 24 mil corretores de imóveis cadastrados; ela acaba de receber aporte da Soluti empresa de certificação digital
Grande leilão acontece nos meses de outubro e novembro de 2019. Todos os imóveis estão localizados no estado de São Paulo
Comprar um imóvel no Brasil é um processo burocrático e demorado. O objetivo da startup Facilita é mudar esse quadro. Fundada em 2017, a empresa desenvolveu um aplicativo para o mercado imobiliário que consegue agilizar o trâmite do processo de compra e venda, com funcionalidades como reserva de unidades, envio de propostas e geração do contrato. “Nossa missão é transformar a venda de imóveis no Brasil”, afirma o CEO Glauco Farnezi.
O foco da Facilita é a venda de imóveis novos, sejam apartamentos ou loteamentos. Ela já tem 24 mil corretores cadastrados, mais de 170 construtoras parceiras e atua em diversos segmentos — de imóveis de alto padrão àqueles vinculados ao programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Agora, a startup acaba de receber investimento de 1,7 milhão de reais da Soluti, empresa de certificação digital. Com isso, a Facilita passa a usar uma das ferramentas da Soluti para a assinatura do contrato. Consegue assim chegar ao final da venda de forma 100% digital. “Há um movimento no setor de trazer a compra do imóvel para o digital. Por isso, essa é uma parceria estratégica para nós”, afirma Farnezi.
Junto com a assinatura digital, a facilita lançou recentemente um simulador de pagamento, que calcula valor das parcelas de acordo com a entrada oferecida pelo comprador. Hoje, na maioria das vezes esse processo é feito de forma manual e enviado pelo corretor à incorporadora, que responde com uma aprovação ou não. O sistema da Facilita busca a aprovação da oferta em tempo real, de acordo com regras pré-estabelecidas pela incorporadora.
Com essas novas funcionalidades, o processo de venda pode levar apenas dois dias. “É um marco muito importante. Tem cliente que demora mais de 40 dias nesse processo e o comprador acaba desistindo no meio do caminho. Comprar um imóvel ainda é um processo muito lento, burocrático e gera uma experiência muito ruim”, afirma o empreendedor.
O Brasil tem cerca de 350 mil corretores de imóveis, que em geral trabalham como autônomos. A ideia da startup é facilitar a vida desse profissional. Um dos objetivos do app é permitir que o corretor acesse todas as informações necessárias para a venda do imóvel no celular. O aplicativo é gratuito para o corretor. A startup se rentabiliza a partir de contratos com as corretoras, que pagam uma taxa de acordo com a quantidade de empreendimentos cadastrados.
O negócio começou a ser desenvolvido em 2013 com o nome de Go Score. Farnezi tinha uma agência que prestava serviço para clientes do mercado imobiliário e percebeu a necessidade de um serviço para reduzir a burocracia do processo de venda de imóveis. Mas, em quatro anos, conseguiu apenas três clientes. Em 2017, o modelo de negócio mudou, o nome da startup também e as coisas começaram a dar certo.
Com sede em Goiânia, a startup está presente em 23 estados e vem dobrando seu faturamento nos últimos anos. Hoje são 40 funcionários. Em 2019, a Facilita faturou 3,5 milhões de reais. Agora a startup se prepara para abrir um escritório em São Paulo, onde o mercado imobiliário tem se aquecido após anos de baixa. A meta para 2020 é ampliar sua capilaridade e continuar crescendo.
domingo, 23 de fevereiro de 2020

Número 4 desaparece até dos edifícios
DA ENVIADA ESPECIAL
Entrar em um elevador e apertar o botão que leva ao quarto andar é prática corriqueira em qualquer lugar do mundo -ocidental, que se deixe bem claro.
Em Hong Kong, raro é encontrar o sinal para o quarto ou para o décimo terceiro andar nos painéis dessas máquinas elevatórias.
Claro que os pavimentos estão lá, logo após o terceiro ou antes do décimo quarto. Mas, mais forte do que a racionalidade numérica, é a superstição dos chineses.
Pela sua pronúncia em cantonês, que se assemelha à da palavra morte, o quatro é temido e, sempre que possível, preterido. Não apenas o numeral, mas as combinações que o evocam, como dois e dois ou um e três.
Seguindo as regras, mesas quadradas são raridades, bem como placas de carro com tais numerais. Mas que os olhos ocidentais não se espantem ao avistarem chapas "4444". Na complicada matemática da sorte, quatro e quatro traz oito, o número mais feliz, que indica prosperidade.
Nessa sociedade capitalista, além de sorte ou azar, os números também transparecem riqueza ou pobreza. Quanto mais satisfatória for a combinação numérica de uma placa, mais alto é o seu preço -diz a lenda que a placa "8888" foi vendida por US$ 1 milhão. O mesmo prossegue no mercado imobiliário. O oitavo andar é mais caro que o quinto.
Assim como cada número tem seu significado (veja no quadro abaixo), as cores seguem as crenças. Chapéus verdes atraem azar; vestidos vermelhos trazem sorte às noivas; o branco é reservado aos funerais.
Prédios inteiros são repintados de acordo com o ano do horóscopo chinês em que se entra, ainda que não haja falhas na pintura.
Espelhos também ajudam a espantar o azar. Quem mora diante de algum elemento negativo (um cemitério ou uma estrada em que ocorrem muitos acidentes) pode impedir que as energias ruins entrem na casa. Basta colocar um espelho convexo em uma janela ou em uma porta, que ele se encarregará de mandar a má sorte para o lugar de onde ela veio. (JD)
Por mais liberdade, jovens escolhem pagar aluguel em vez de comprar imóvel
São Paulo
O sonho da casa própria, um dos chavões usados para versar sobre os anseios do brasileiro, parece não ser mais tão importante para a geração recém-saída da casa dos pais.
Uma parte desse grupo, mesmo tendo dinheiro suficiente para comprar um imóvel, prefere pagar aluguel.
O que justifica esse comportamento é a vontade de, numa sociedade cada vez mais dinâmica, não ter de ficar preso a um endereço por muitos anos, cenário provável em financiamentos residenciais longos.
É o caso do administrador de redes Denílson Carvalho Coutinho, 29, que, desde que saiu da casa da família, no Grajaú (zona sul de São Paulo), há cinco anos, já está em seu terceiro apartamento alugado.
Ele teria dinheiro para comprar um imóvel, porém prefere gastá-lo com viagens e cursos, mas, sobretudo, valoriza a liberdade de poder se mudar sempre que quiser.
"Eu prefiro ter mobilidade. Moro em um lugar e, quando se encerra o contrato de aluguel, posso ir para outro se precisar, se não tiver gostado muito do bairro. Não fico atrelado a um local só", diz.
Patrícia Stavis/Folhapress | ||
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Denílson Carvalho Coutinho, 29 em seu apartamento, na zona sul de SP |
As mudanças de Coutinho se deram por causa de trocas de emprego. Quando trabalhava na região da avenida Paulista (centro da capital), vivia por lá. Hoje, seu emprego é no Morumbi (zona oeste) e, por isso, se mudou para a Granja Julieta, bairro mais próximo, na zona sul.
"Não estou sempre no mesmo trabalho e, alugando, posso sempre escolher viver perto do emprego", afirma. Segundo Coutinho, ele só pensa em comprar um imóvel quando formar uma família.
Para Laura Kroeff, vice-presidente da Box 1824, agência que pesquisa de tendências e consumo, especialmente da população jovem, os millenials (geração nascida entre 1980 e 1994) valorizam mais o fácil acesso aos bens do que a sua posse.
"Há uma preferência pelo uso ocasional das coisas, seja alugando apartamento, carro ou até roupas", diz.
De acordo com ela, isso está atrelado à percepção de liberdade e a uma nova lógica da sociedade, mais interligada, em rede, de forma que tudo pode ser compartilhado com mais facilidade.
É o que diz também André Penha, fundador da imobiliária digital Quinto Andar.
"Para gerações anteriores, que moram no mesmo lugar por 40 anos, fazia todo o sentido ter um imóvel. Hoje em dia há mais necessidade de mobilidade. Você passa a ganhar mais e vai para um lugar mais sofisticado, depois perde o emprego e precisa ir para um mais compacto. Também muda-se muito mais de cidade", afirma ele, que mora de aluguel.
Foi exatamente uma mudança de cidade um dos motivos que levaram a gerente de suprimentos Thais Proença Bessa Dias, 34, a não querer comprar um apartamento quando veio do Rio para São Paulo, há cerca de um ano.
"Eu não queria fazer nenhum investimento desse tamanho sem conhecer bem a região", conta.
Ela preferiu pôr suas economias no mercado financeiro e também cita a maior facilidade de trocar de endereço como principal motivo por optar pelo aluguel.
"Vale a pena [alugar e não comprar] porque a liquidez de um imóvel próprio é muito baixa. Não há flexibilidade se eu precisar me mudar", diz.
Patrícia Stavis/Folhapress | ||
Thais Proença Bessa Dias, 34, na sua casa no Brooklin, em São Paulo |
Thais vive num apartamento no Brooklin (zona sul de São Paulo), perto do trabalho, para onde vai a pé. Até por isso, também não tem carro. Por ora, não pretende comprar nenhum dos dois bens.
"Invisto meu dinheiro, faço minhas viagens, mas não tenho propriedades. Isso vale mais para gerações anteriores", afirma.
Preços de imóveis estão estagnados, mas devem voltar a subir
Num cenário de incipiente recuperação econômica, quem tem dinheiro para investir deveria priorizar a compra de um imóvel.
A opinião é de Flávio Prando, vice-presidente de intermediação imobiliária e marketing do Secovi-SP.
Para ele, o preço de imóveis em São Paulo, estagnado, passará por uma recuperação nos próximos dois anos. Ou seja, será mais difícil comprar em 2020 do que é hoje.
"Quando as vendas dão uma arrancada, o preço dos aluguéis sobe também, então a pessoa pode ficar sem saída", afirma.
Já Caio Bianchi, vice-presidente do setor de análises do grupo ZAP Viva Real, afirma que, em muitos casos, comprar ou alugar dá na mesma financeiramente.
"A decisão das pessoas acaba sendo por aspectos qualitativos", diz.
Mesmo assim, ele reconhece que a procura por locação cresceu nos últimos três anos.
"Em 2015, havia duas pessoas dispostas a comprar para cada uma que queria alugar. Hoje, inverteu", afirma.
QUAIS CUIDADOS TOMAR AO ALUGAR UM IMÓVEL
Pacote - lembre-se de que, além do custo do aluguel, há condomínio e IPTU. Certifique-se de que você pode arcar com todos os gastos
Negociação - se o condomínio for caro, peça ao proprietário um desconto no aluguel. Caso o imóvel fique vago, o dono terá de arcar com a taxa, e isso pode jogar a seu favor
Local - em grandes cidades como São Paulo, a mobilidade é importante. Pesquise imóveis que fiquem perto do trabalho e/ou com fácil acesso ao transporte
Vizinhança - quando você aluga um imóvel, aluga também a vizinhança. Vá ao local em diferentes horas, pergunte aos moradores o que lhes incomoda, verifique se a região tem uma boa infraestrutura, se é segura etc.
Conservação - inspecione o imóvel para verificar se as instalações estão em ordem ou se há vazamentos ou problemas estruturais
Profissional - procure uma imobiliária. Essas empresas têm a responsabilidade civil de proporcionar locação segura; caso aconteça algum imprevisto, o inquilino tem a quem recorrer
Fontes: Secovi, Quinto Andar e Zap VivaReal
R$ 36,45
foi o preço médio anunciado do metro quadrado de imóveis para alugar na cidade de São Paulo em março
3,64%
foi a alta acumulada no preço dos alugueis entre março de 2017 e de 2018 em SP, segundo o índice FipeZap
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